Governadores de todo o Japão solicitaram nessa terça-feira (12) que as pessoas ajudem a conter o coronavírus, evitando viajar, mesmo que o governo central suspenda o estado de emergência em muitas províncias, como já foi anunciado.
Os 47 governadores usaram suas propostas de emergência ao governo central para pedir que as pessoas não atravessem as fronteiras das províncias, segundo noticiou o The Japan Times.
Eles também buscaram apoio financeiro adicional para indústrias, como também ao setor de turismo, que foram seriamente afetadas pela pandemia, pedindo que a ajuda seja mantida até que a crise passe.
O governo central deve decidir na quinta-feira (14) se vai suspender o estado de emergência em 34 províncias que sofreram menos infecções do que as outras 13 depois de ouvir opiniões de especialistas.
"É muito importante não atrair pessoas (de fora) para impedir a propagação do vírus", disse o governador de Tokushima, Kamon Iizumi, no início da teleconferência da Associação Nacional de Governadores que ele chefia.
Tokushima tem mantido apenas 5 casos de infecção por vários dias.
"Devemos solicitar fortemente que as pessoas evitem viajar de áreas onde o estado de emergência ainda é declarado para outras regiões", disse ele na reunião online.
A associação instou o governo central a divulgar os critérios que usa para determinar quais áreas permanecem sob o estado de emergência e quais não.
Também pediu ao governo que tome medidas específicas para prevenir infecções entre as províncias, como não permitir que as pessoas embarquem em aeronaves quando estão com febre e cooperar com as ferrovias e outros operadores de transporte.
As propostas também incluíam uma solicitação para o governo central continuar prestando ajuda às indústrias mais afetadas no período pós-estado de emergência e compilar rapidamente um segundo orçamento extra para o ano fiscal de 2020 para financiar o estímulo.
Os governadores pediram um aumento de subsídios para as empresas que foram forçadas a pedir licença aos funcionários devido aos impactos negativos da pandemia em seus negócios.
Também foi feito um pedido para aumentar os subsídios para os governos locais.
Iizumi está programado para entregar as propostas ao ministro da revitalização econômica Yasutoshi Nishimura e ao ministro da Saúde e Trabalho Katsunobu Kato na quarta-feira (13).
Na segunda-feira, Nishimura disse à Diet que o levantamento do estado de emergência poderá ser suspenso para a maioria das 34 prefeituras onde as infecções não estão se espalhando.
O governo e os especialistas estão tentando elaborar um padrão numérico para determinar se deve levantar a declaração de emergência.
Uma proposta inclui critérios como o número de infecções diárias registradas nas últimas duas semanas, o número de leitos disponíveis em unidades de terapia intensiva e a taxa de infecções detectadas pelos testes de reação em cadeia da polimerase.
Embora se receie que a epidemia ainda esteja ocorrendo nas 13 prefeituras designadas como "exigindo vigilância especial", as outras 34 tiveram infecções diárias de um dígito ou zero.
As províncias de Ibaraki (168 casos) e Gifu (150 infectados), que estão no grupo das 13, tiveram um declínio dramático nas infecções, então o governo também está considerando colocá-las no grupo em que a declaração de emergência pode ser levantada.
Enquanto isso, Tóquio, Osaka e Hokkaido continuarão sendo áreas que exigirão vigilância especial.
Também serão feitos esforços para evitar que surtos de infecções se repitam nas províncias libertadas do estado de emergência.
Alguns governadores já estabeleceram seus próprios critérios para relaxar a restrição de atividades comerciais.
Depois que o governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, tomou a iniciativa, o governador de Aichi, sede da Toyota Motor Corp., seguiu o exemplo na segunda-feira.
O governador de Aichi, Hideaki Omura, estabeleceu três critérios - o número de novos casos, o número de pacientes hospitalizados e a porcentagem de pessoas positivas para Covid-19.
Omura disse que facilitará os pedidos de autocontrole se os três critérios forem atendidos, independentemente de sua província ainda ser designada pelo governo central como uma área que precisa de "cuidado especial".
"O número de pessoas infectadas está caindo desde 25 de abril. Entramos em um estágio em que precisamos nos preparar para a retomada da atividade econômica e a reabertura das escolas", afirmou o governador em entrevista coletiva.
Se o número de novos casos permanecer abaixo de 10 por dia, a porcentagem de positivos abaixo de 5% e o número de pacientes hospitalizados abaixo de 150 por sete dias seguidos, o governador considerará mudanças.
Quanto a Osaka, seus critérios incluem o número de casos com rotas não rastreáveis, a porcentagem de casos positivos e a taxa de ocupação do leito de pacientes com sintomas graves.
Fonte: Alternativa
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