O governo central transferiu a responsabilidade de conter as infecções às províncias
Apesar do aumento de infecções por coronavírus no país, o primeiro-ministro Fumio Kishida disse na sexta-feira (29) que o governo não planeja impor restrições, como ocorreu nos primeiros anos da pandemia.O premiê frisou: "Vamos colocar o sistema que temos em funcionamento para avançar com as atividades sociais e econômicas", publicaram a Kyodo News e o jornal Chugoku.
Mas Kishida disse que a partir de agora está estabelecido que os governadores das províncias emitirão solicitações aos seus residentes para conter a disseminação da subvariante BA.5, conforme suas realidades locais.
Na nova diretriz, os governadores poderão pedir que idosos e pessoas com alto risco de adoecer gravemente evitem sair desnecessariamente e que as pessoas continuem se vacinando.
Os governadores também poderão incentivar o teletrabalho, para reduzir a circulação de pessoas, de acordo com as autoridades.
As províncias tomarão as providências nesse sentido quando a taxa de ocupação de leitos hospitalares por pacientes com Covid excederem 50%.
O governo central deverá distribuir kits de teste de antígeno para as províncias e trabalhará para aumentar a quantidade desse item para sua fácil aquisição nas farmácias.
O ministro da Revitalização Econômica e responsável pela resposta à pandemia, Daishiro Yamagiwa, disse que o governo auxiliará as autoridades locais a "encontrar um equilíbrio entre o controle de infecções e as atividades econômicas e sociais".
A expectativa é de que o governo central envie funcionários às províncias que emitirem tais solicitações para verificar se as medidas de precaução são suficientes e orientar, caso seja preciso.
Na sexta-feira o país registrou 221.443 novas infecções, com Tóquio confirmando 36.814 casos, abaixo do recorde histórico de 40.406 relatado no dia anterior.
A média móvel de sete dias de novos casos da capital ficou em 31.578 por dia, um aumento de 49,7% em relação à semana anterior.
O professor do Instituto de Tecnologia e Nagoia, Akimasa Hirata, estima que a atual onda atingirá o pico perto de 6 de agosto em Tóquio, com uma média móvel de sete dias de cerca de 39.000 pessoas por dia, que seria mais que o dobro da semana anterior.
“Os casos podem permanecer altos, pois a eficácia da vacina entre a população em idade ativa está diminuindo”, disse.
Para Hirata, a BA.5 é 1,3 vezes mais infecciosa do que a BA.2 e que a eficácia das vacinas contra ela é de apenas 60%, citando que usou inteligência artificial para gerar suas estimativas.
Um dado do governo mostrou que a taxa de ocupação de leitos hospitalares destinados a pacientes com Covid-19 está acima de 50% - limite que indica tensão no sistema médico – em 19 das 47 províncias do Japão.
Fonte: Alternativa
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